Maior consumidora mundial de agrotóxicos, a agricultura brasileira não pode ser toda e uniformemente responsabilizada por esse recorde funesto. Com ampla representação nos parlamentos, apoiado por políticas de Estado, incentivos fiscais, desregulamentação e mesmo omissão de licenciamentos ambientais, a expansão do agronegócio nos últimos 40 anos é a principal propulsora do aumento de consumo de agrotóxicos no país. Do outro lado, a agroecologia se apresenta como modelo viável para uma produção de alimentos saudáveis, que por princípio não se apóia no uso de químicos.
A expansão da soja, da cana-de-açúcar, do eucalipto, das pastagens, entre outras monoculturas químicas, afeta povos tradicionais e camponeses no Cerrado, nos campos sulinos, na Mata Atlântica, na Amazônia e no semiárido. O modelo do agronegócio se baseia na articulação da larga escala, com ciclos curtos, de uma só espécie, em plantios homogêneos e gera sistemas agrícolas crescentemente instáveis que são possíveis, apenas, pelo uso intensivo de químicos.
Este mesmo modelo tem gerado graves conflitos sociais e ambientais, impossibilitando a sobrevivência de um vasto e diverso conjunto de formas locais de usos do solo e culturas territoriais. No modelo unilateral, a indústria do agrotóxico é elemento central, e atua no mesmo lobby das grandes corporações do patenteamento das sementes, das indústrias de celulose, alimentos, e suas grandes redes de distribuição da cultura fast food e embalagens one-way.
Os efeitos das monoculturas químicas atingem principalmente trabalhadores envolvidos nas operações com herbicidas, fungicidas e inseticidas, além da vizinhança mais imediata dos vastos plantios. É justamente onde habitam inúmeros povos tradicionais e campesinos. Em qualquer visita aos territórios em conflito com as monoculturas, verificam-se muitos casos de intoxicação, bem como uma enorme inoperância do Estado em garantir avaliações médicas e toxicológicas independentes. Em sua grande maioria, os municípios e estados estão despreparados e não têm equipamentos para qualquer diagnose mais precisa e urgente. Com isso, prevalece a subnotificação, muitas vezes estrategicamente orientada por profissionais das próprias empresas monocultoras.
A transição agroecológica é um dos principais desafios para a agricultura brasileira do século XXI. E já está em curso por meio de uma infinidade de experimentos agrícolas, florestais e de criação de animais, espalhados em todos os biomas e territórios. Ancorada em saberes construídos ao longo de gerações de agricultores e agricultoras, povos extrativistas e coletores, a agroecologia aponta para muitos outros modelos possíveis e viáveis de produção de alimentos e manejo florestal, sob os princípios da diversificação, da segurança alimentar e dos direitos.
Nos territórios onde atua, e nas lutas coletivas em que participa, a Fase vem se somar aos movimentos e redes sociais, aos homens e mulheres, camponeses, sem-terras, agricultores, indígenas, quilombolas e outros grupos na construção de um país democrático, com justiça social e ambiental. Por um país livre de agrotóxicos. Por isso participamos da recém-lançada Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida.
A expansão da soja, da cana-de-açúcar, do eucalipto, das pastagens, entre outras monoculturas químicas, afeta povos tradicionais e camponeses no Cerrado, nos campos sulinos, na Mata Atlântica, na Amazônia e no semiárido. O modelo do agronegócio se baseia na articulação da larga escala, com ciclos curtos, de uma só espécie, em plantios homogêneos e gera sistemas agrícolas crescentemente instáveis que são possíveis, apenas, pelo uso intensivo de químicos.
Este mesmo modelo tem gerado graves conflitos sociais e ambientais, impossibilitando a sobrevivência de um vasto e diverso conjunto de formas locais de usos do solo e culturas territoriais. No modelo unilateral, a indústria do agrotóxico é elemento central, e atua no mesmo lobby das grandes corporações do patenteamento das sementes, das indústrias de celulose, alimentos, e suas grandes redes de distribuição da cultura fast food e embalagens one-way.
Os efeitos das monoculturas químicas atingem principalmente trabalhadores envolvidos nas operações com herbicidas, fungicidas e inseticidas, além da vizinhança mais imediata dos vastos plantios. É justamente onde habitam inúmeros povos tradicionais e campesinos. Em qualquer visita aos territórios em conflito com as monoculturas, verificam-se muitos casos de intoxicação, bem como uma enorme inoperância do Estado em garantir avaliações médicas e toxicológicas independentes. Em sua grande maioria, os municípios e estados estão despreparados e não têm equipamentos para qualquer diagnose mais precisa e urgente. Com isso, prevalece a subnotificação, muitas vezes estrategicamente orientada por profissionais das próprias empresas monocultoras.
A transição agroecológica é um dos principais desafios para a agricultura brasileira do século XXI. E já está em curso por meio de uma infinidade de experimentos agrícolas, florestais e de criação de animais, espalhados em todos os biomas e territórios. Ancorada em saberes construídos ao longo de gerações de agricultores e agricultoras, povos extrativistas e coletores, a agroecologia aponta para muitos outros modelos possíveis e viáveis de produção de alimentos e manejo florestal, sob os princípios da diversificação, da segurança alimentar e dos direitos.
Nos territórios onde atua, e nas lutas coletivas em que participa, a Fase vem se somar aos movimentos e redes sociais, aos homens e mulheres, camponeses, sem-terras, agricultores, indígenas, quilombolas e outros grupos na construção de um país democrático, com justiça social e ambiental. Por um país livre de agrotóxicos. Por isso participamos da recém-lançada Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida.
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